segunda-feira, 5 de julho de 2010

Especial - Copa do Mundo - Quartas de Final

Bom dia gente, esse Especial Copa do Mundo vai falar de tudo o que aconteceu nas Quartas-de-Final...

Holanda 2:1 Brasil
Entre uma fase de grupos em que se classificou com uma rodada de antecedência e uma partida de oitavas de final que decidiu cedo, diante do Chile, a Seleção Brasileira ainda não havia passado por momentos de pressão na África do Sul. Não até as quartas de final diante da Holanda. Ou, mais especificamente, até o segundo tempo. E, quando enfrentou a situação adversa, o Brasil o fez por uma única e derradeira vez.

Depois de jogar um primeiro tempo que provavelmente está entre seus melhores 45 minutos de futebol na Copa do Mundo da FIFA e em que abriu vantagem de um gol com Robinho – e que poderia ter sido até mais -, a equipe brasileira sucumbiu. Não foi com a velocidade de seu ataque, mas sim pelo alto, que os holandeses viraram o jogo em Port Elizabeth. Wesley Sneijder marcou os dois gols, o primeiro aos oito minutos do segundo tempo, em cruzamento que contou com erro de Júlio César e Felipe Melo. O outro foi de cabeça, decretando o 2 a 1 que eliminou o time de Dunga na mesma fase em que o pais caíra na Alemanha 2006.
Com 100% de aproveitamento na Copa até aqui, a Holanda enfrenta na semifinal o Uruguai, que garantiu a vaga ao derrotar a seleção de Gana por 4 a 2 na disputa de pênaltis (após empate em 1 a 1 no tempo regulamentar e prorrogação), nesta sexta-feira, no Soccer City de Johanesburgo. A partida acontece no dia 6, terça-feira, na Cidade do Cabo.
O gol que muda
Pois todos prognósticos de uma partida travada - entre duas equipes que preferem aguardar serem atacadas para, então, se aproveitarem dos espaços - se confirmaram a princípio. Tanto brasileiros como holandeses permaneciam quase todos atrás do meio-campo no momento em que o rival tinha posse de bola. Pelo primeiros minutos já se percebia: tinha quase tudo para ser um jogo para paciência e estudo.

Isso, claro, a não ser que alguém conseguisse abrir o placar cedo e levar abaixo todas as perspectivas de cautela. E foi o Brasil quem encontrou um caminho para isso. Primeiro, aos oito minutos, com uma surpreendente entrada de Daniel Alves pela esquerda, onde recebeu livre de Luís Fabiano e passou para Robinho marcar. Daniel, no entanto, estava à frente da zaga no momento do lançamento.

Mas que não fosse por isso. Dois minutos depois, Robinho tratou de ratificar que quem começava levando perigo era o Brasil. A defesa holandesa se confundiu e ninguém seguiu o camisa 11 em seu deslocamento da direita para o meio. Felipe Melo enxergou com perfeição e, de trás do meio-campo, acertou um lindo passe que deixou o atacante do Santos na cara do gol. De primeira, ele tocou na saída de Maarten Stekelenburg.

Espaço a quem quer espaçoNão é que o 1 a 0 no placar fosse a senha para uma Holanda desguarnecida, mas aos poucos a marcação do trio Arjen Robben-Wesley Sneijder-Dirk Kuyt e do centroavante Robin Van Persie se adiantou em direção ao campo brasileiro. Se não era uma situação clara para contragolpes, passava a ser, aos poucos, um cenário mais propício para a criação de chances.

De um lado, a Oranje incomodou, cruzou à área, acertou um ou outro chute de longe, mas não conseguiu de fato assustar Júlio César. E o Brasil, em algumas poucas e talentosas investidas, chegou perto do segundo gol: primeiro, aos 26, quando Daniel Alves fez boa jogada pela direita após cobrança de escanteio e cruzou para Juan chutar forte, da entrada da pequena área, por cima do gol.
Os únicos autênticos contra-ataques quase resultaram em gols. Um de Kaká: depois de bela jogada de Robinho pela ponta-esquerda, Luís Fabiano ajeitou de calcanhar e o camisa dez, da entrada da área, acertou sua típica finalização consciente, de chapa, no canto alto esquerdo. Stekelenburg fez uma defesaça. E, já nos acréscimos, foi Maicon quem desceu como uma bala pela direita e bateu firme, na rede pelo lado de fora. O Brasil não chegava a toda hora, mas, quando o fazia, era sempre beirando a precisão. O jogo já se parecia com aquele de que a equipe de Dunga gosta.
O outro gol que mudaDe novo: a pauta estava aparentemente marcada para uma partida com mais espaços brasileiros a não ser que um gol aparecesse logo no início e mudasse tudo. A história se repetiu, dessa vez para o outro lado e de um jeito pouco usual. Primeiro, porque num levantamento holandês para a área. Segundo, por algo pouquíssimo habitual na defesa brasileira: falha de posicionamento quando Sneijder cruzou fechado. A bola passou por toda a área, triscou na cabeça de Felipe Melo – que se chocou com Júlio César – e foi direta para o canto direito. Sete minutos de jogo; tudo igual.

Com o empate e uma Holanda entusiasmada, era possível sentir no ar: a Seleção Brasileira estava diante de sua primeira situação de pressão na Copa. Como a equipe reagiu? A princípio, tomando iniciativa e criando chances, sobretudo uma de Kaká aos 20 minutos, quando tentou encobrir Stekelenburg no rebote de um cruzamento e tocou com categoria, a centímetros da trave. Mas, então, o imponderável – no caso, o mesmo imponderável. Foi um escanteio vindo da direita, aos 23 minutos: Kuyt desviou de cabeça e ninguém marcou Sneijder. O meio-campista da Inter de Milão, normalmente aquele que cruza as bolas na área, completou de cabeça – algo tão pouco comum que ele próprio comemorou apontando para a própria testa em incredulidade. Pela primeira vez no Mundial, o Brasil estava atrás no placar.

E, por se não fosse pressão o suficiente, cinco minutos depois do gol os brasileiros passaram a jogar com um a menos, quando Felipe Melo recebeu um vermelho apos acertar Robben depois de lhe cometer uma falta. Os espaços agora eram escandalosos e para a Holanda. E a pressão, algo desordenada, algo nervosa, dos brasileiros. O suficiente para transformar, nos últimos 20 minutos, o estádio de Port Elizabeth num caldeirão de nervosismo, mas não para buscar o empate. O sonho do hexa acabou em 45 minutos. Agora, só em casa, dentro de quatro anos.


Uruguai 1(4):1(2) Gana
O sonho africano de um título em seu território chegou ao fim. Após um empate por 1 a 1, o Uruguai venceu Gana por 4 a 2 na disputa por pênaltis, nesta sexta-feira, em Johanesburgo, e avançou à semifinal  da Copa do Mundo da FIFA África do Sul 2010, algo que não acontecia desde o México 1970.
Com um futebol mais solto do que mostrou na primeira fase do Mundial, os uruguaios tiveram raça, técnica e um pouco de sorte para despachar os últimos representantes do continente africano e asseguraram a vaga para um confronto com a Holanda, no dia 6 de julho, próxima terça-feira. Foi o segundo duelo de penalidades no torneio até aqui, após o triunfo do Paraguai sobre o Japão, desta vez decidido por Sebastián “El Loco” Abreu, ídolo do Botafogo.
Até agora, da legião sul-americana que havia se classificado entre os oito melhores, apenas um se despediu nesta jornada: o Brasil, que caiu diante dos holandeses. Ainda restam Argentina, contra a Alemanha, e o Paraguai, contra a Espanha, na competição, para duelos neste sábado.
Gana e Uruguai realizaram um duelo franco no belo estádio Soccer City, especialmente nos últimos 45 minutos, com uma série de ataques e contra-ataques por parte de ambas as seleções, num padrão que destoou dos jogos que o Uruguai fez até aqui.
Na metade inicial, com aposto maciço da torcida, a seleção africana foi dominante, repetindo seu futebol vigoroso diante da Celeste, mas dessa vez com mais controles nos passes e consciência na finalização. Sem contar com o meia Andre Ayew, a equipe conseguiu suas principais jogadas com o meia-atacante Kevin-Prince Boateng, jogador de boa técnica e um preparo físico impressionante.
O time acabou premiado com um gol no último minuto de acréscimo, nos pés de Sulley Muntari. O meia da Internazionale soltou uma bomba da intermediária. Asamoah Gyan teve o reflexo para se abaixar e deixar sua trajetória. O chute acabou surpreendo o goleiro Fernando Muslera, entrando em seu canto esquerdo.
Depois do intervalo, a equipe de Oscar Tabárez foi bastante agressiva, sem se deixar abalar, e teve diversas chances para virar o placar depois de ter buscado o empate em cobrança de falta de Diego Forlán, na quina direita da área, logo aos 55 minutos.
Entre essas oportunidades de gol desperdiçadas, destacam-se duas do centroavante Luis Suárez, herói da classificação às quartas com seus dois gols contra a Coreia do Sul. Dessa vez, porém, o artilheiro do Ajax acabou esbarrando em Richard Kingson, goleiro de reações rápidas e muita elasticidade que fez uma sólida Copa do Mundo da FIFA.
Nos minutos finais, porém, à medida que o fôlego do atacante Diego Forlán ia acabando, a qualidade de ataque da Celeste ia caindo. No fim, o time não teve forças ou precisão para definir a virada, e a partida se encaminhou para a prorrogação – a terceira na África do Sul 2010, a segunda envolvendo Gana, que havia superado os Estados Unidos nas oitavas por 2 a 1.
O Uruguai ainda apresentou alguma ameaça no primeiro tempo extra. No segundo, todavia, a partida voltou a pender para os africanos, que tiveram duas ótimas oportunidades. Até que, aos 32 minutos, em bola levantada para a área, o atacante Luis Suárez cometeu um pênalti ao espalmar a bola em cima da linha, evitando que uma cabeçada decretasse a vitória. O jogador acabou expulso. Na cobrança, Asamoah Gyan, que havia convertido contra Sérvia e Austrália, acabou desperdiçando seu chute, acertando o travessão. A partida se encerrou em seguida.
Na disputa final, Forlán, Mauricio Victorino, Scotti e “El Loco” Abreu, com direito a cavadinha em sua cobrança. O capitão John Mensah e o jovem Dominic Addiyah acabaram desperdiçando suas finalizações.
De figuras conhecidas pelos torcedores brasileiros por parte do lado uruguaio, o zagueiro Diego Lugano, ex-São Paulo, acabou substituído aos 38 minutos, lesionado, dando lugar a Andrés Scotti, enquanto o atacante Sebástian “El Loco” Abreu foi para campo aos 76, no lugar de Mauro Cavani.
Argentina 0:4 Alemanha
Ainda falta um longo caminho para a Alemanha buscar seu quarto título mundial na África do Sul 2010, mas não há como não se impressionar com o desempenho da equipe de Joachim Löw na fase eliminatória da Copa do Mundo até aqui.

Depois de terem eliminado a Inglaterra numa goleada por 4 a 1 nas oitavas de final, os alemães tiveram pela frente mais um adversário de peso neste sábado e foram igualmente convincentes. Thomas Müller abriu o caminho logo no início e, no segundo tempo, Miroslav Klose marcou duas vezes – para chegar a seu 14º gol em Mundiais, um a menos do que o recordista Ronaldo - e Arne Friedrich fecharam uma vitória histórica por 4 a 0, que coloca os alemães em sua terceira semifinal seguida de Copa do Mundo da FIFA.
Se há algo a se lamentar de resultado tão histórico foi o segundo cartão amarelo para Müller. O meia, que, assim como Klose, se juntou à longa lista de artilheiros da Copa, não disputará a partida da quarta-feira, dia 7, em Durban, diante do ganhador da disputa desta noite entre Espanha e Paraguai.

Depois de terem assistido à apresentação alemã nas oitavas de final diante da Inglaterra, era de se esperar que os argentinos estivessem preocupados com a velocidade dos contra-ataques puxado pelo trio Thomas Müller-Mesut Özil-Lukas Podolski. Não podia ter sido pior, então, a situação que já se deu aos três minutos: cobrança de falta de Bastian Schweinsteiger para a área e, de cabeça, Müller desviou de leve, para tirar do goleiro Sergio Romero. Mal o jogo começava e os alemães já tinham a vantagem no placar que lhes dava liberdade para aproveitar os contra-ataques.

E, de fato, foi o que se viu: nos seguintes 20 minutos de jogos, os sul-americanos se mostraram completamente perdidos em campo e envolvidos pela habilidade dos alemães do meio-campo para a frente. Miroslav Klose foi quem teve a chance mais clara de aumentar o placar, aos 24 minutos, quando, sozinho, bateu por cima do travessão.

A partir daquele lance, então, o jogo se assentou – o que significou a Argentina com mais posse de bola e tranqüilidade, pouco a pouco tomando conta da partida. Foram poucos os lances de real perigo, mas ao menos já começava a se desenhar a tônica que marcaria o início da segunda parte: argentinos no ataque e alemães, mais acuados, esperando o momento para contra-atacar.

Na medida em que o tempo passava, ficava claro que algum gol ainda sairia: ou o empate argentino – que esteve próximo, em oportunidades de Ángel Di Maria e Gonzalo Higuaín – ou o segundo da Alemanha. Com a efetividade que tem mostrado desde o início do Mundial, os alemães resolveram a parada, aproveitando-se do espaços deixados na defesa da Albiceleste.

Primeiro foi uma jogada rápida pela esquerda, em que Müller aproveitou falha da defesa, serviu Podolski e este chegou até a boca do gol para tocar para Klose, livre e sem goleiro. Era o 2 a 0 que desestabilizava de vez os argentinos aos 23 minutos e que abria o placar para aquilo que começava a se tornar uma vitória histórica, com o terceiro gol seis minutos depois, em jogada de Schweinsteiger também pela esquerda, que quem completou para o gol vazio foi Arne Friedrich. E, incrivelmente, ainda havia mais. O resultado já assustador ganhou um traço a mais de histórico quando Klose anotou seu segundo gol do dia e, com isso, se igualou a Gerd Müller com 14 gols em Mundiais – um a menos do que o recordista, Ronaldo. Como na Alemanha quatro anos atrás, a campanha argentina acabou diante dos alemães nas quartas de final. Dessa vez, porém, com hecatombe e diante de uma equipe que dá pinta de ser a sensação do torneio.


Paraguai 0:1 Espanha

Todo artilheiro precisa de frieza, faro de gol, um pouco de sorte e, não menos importante, persistência. David Villa pode bem dizer isso. Neste sábado, em Johanesburgo, o atacante estava no lugar certo para decidir a classificação inédita da Espanha para a semifinal da Copa do Mundo da FIFA África do Sul 2010 - já que a única vez em que o país terminou entre os quatro primeiros foi em 1950, quando o sistema de partidas eliminatórias não era adotado.
Em um confronto equilibrado no estádio Ellis Park, com dois pênaltis desperdiçados em sequência, foi o matador quem tratou de resolver, mais uma vez, a vida dos atuais campeões europeus. Em bate-rebate na área após chute de Pedro na trave direita de Justo Villar, ele ficou com o rebote em seus pés e chutou no canto direito. A bola voltou a bater na trave, mas dessa vez entrou. Foi seu quinto gol no Mundial, para se isolar na tabela.
Se os espanhóis possuíam o time mais técnico, claramente, os paraguaios se apresentaram com aplicação tática, destreza defensiva e contra-ataques perigosos. É o tipo de postura que manteve o placar intacto em seus jogos por mais de quatro horas seguidas em solo sul-africano.
A Fúria agora enfrenta a Alemanha na semifinal, que será disputada no dia 7 de julho, em Durban, numa reedição da final da UEFA Euro 2008, na promessa de mais um grande duelo pelos mata-matas.
Mudanças no tabuleiroO técnico Gerardo Martino surpreendeu ao promover uma revolução em sua escalação para o confronto, trocando cinco titulares em relação ao time que passou pelo Japão nas oitavas, sem contar o retorno de Victor Cáceres para a cabeça de área, após cumprir suspensão. Em compensação, a Espanha foi composta pelo mesmo time titular de toda sua campanha, com exceção feita ao duelo com Honduras, que teve Jesús Navas e David Silva nas vagas de Andrés Iniesta e Fernando Torres.
Entre os Guaranís, Darío Verón fez sua estreia na lateral-direita, no lugar de Carlos Bonet. Jonathan Santana e Edgar Barreto foram para o meio-campo, enquanto Enrique Vera perdeu o lugar pela faixa direita. No ataque, em vez de três peças, o argentino decidiu usar apenas duas, com Óscar Cardozo e Nelson Haedo formando a dupla, em vez do trio Roque Santa Cruz-Lucas Barrios-Edgar Benítez.
A ideia do treinador foi colocar Santana e Barreto adiantados no meio-campo para exercer uma marcação por pressão na intermediária espanhola, para, quiçá, dificultar o toque de bola de seus talentosos adversários. Quando os campeões europeus avançavam com a bola, os sul-americanos recuavam seus jogadores e por vezes usavam até mesmo Haedo na contenção.
Fúria e técnicaPor 20 minutos, funcionou muito bem. Os espanhóis só acertaram seu primeiro chute a gol com perigo em jogada esperta de Xavi, aos 28. O meia do Barcelona dominou a bola com reflexo e tentou, da entrada da área, encobrir Justo Villar com um toque sutil, para fora. Antes disso, o time já começava a penetrar em território oponente trocando passes com velocidade, de pé em pé, para abrir espaços, deixando Iniesta, Torres ou David Villa no mano a mano, situação em que são muito perigosos. Eles também deram atenção à saída de bola e forçaram alguns erros de passes.
O Paraguai começou a ficar acuado, desta forma, em seu campo, restando-lhe o contra-ataque como única resposta e alternativa. Uma boa oportunidade para tanto saiu aos 35 minutos, quando Barreto foi ligeiro para lançar o lateral Claudio Morel pela esquerda. O ex-jogador do Boca Juniors avançou em velocidade e cruzou para a área. Santana, por pouco, não alcançou a bola em mergulho, livre, dentro da área.
Aos 45, Cardozo fez belo passe no meio para Valdez, que protegeu bem a bola e partiu à frente do zagueiro rumo à área. Com certa liberdade, ele acabou não progredindo tanto e arriscou de fora da área, muito por cima do gol de Iker Casillas, no último lance da primeira etapa.
Frenesi em campo
Em uma noite fria no Ellis Park, o jogo demorou alguns minutos para esquentar no segundo tempo. O panorama mudou, contudo, e drasticamente, aos 13 minutos, quando, em bola aérea paraguaia, o zagueiro Gerard Piqué derrubou Cardozo na área. O artilheiro do Benfica, que havia marcado o gol da classificação ante os japoneses na disputa por pênaltis, foi para a cobrança e, dessa vez, acabou desperdiçando, em defesa de Casillas.
Incrivelmente, logo em seguida, um minuto depois, foi a vez de a Espanha ter um pênalti a seu favor, e a torcida nem teve tempo para respirar. Villa arrancou pela esquerda, entrou na área e foi derrubado por Antolín Alcaraz. Xabi Alonso bateu pela primeira vez e marcou. Mas o árbitro Carlos Batres mandou voltar por causa de uma invasão espanhola à área antes da cobrança. Na segunda tentativa, o meio-campista viu Villar fazer a defesa, espalmando. Após confusão na área, no rebote, os paraguaios se livraram com um escanteio.
Quando a histeria coletiva se instaurou na arena, a Espanha se assentou e voltou a ter domínio de bola no ataque e passou a chegar com perigo. Até que aos 83 minutos, a barreira paraguaia foi rompida. Iniesta arrancou pelo meio e desarmou a zaga, para passar para Pedro na área. O meia bateu firme, e a bola explodiu na trave direita de Villar para sobrar nos pés de Villa. O artilheiro chutou cruzado. A bola voltou a tocar na trave - aliás, nas duas -, mas dessa vez acabou na rede.
O Paraguai ainda teve uma chance de buscar o empate aos 89 minutos, quando Lucas Barrios recebeu lançamento pela direita e partiu para a área. Ele chutou rasteiro, e Casillas soltou. Na sobra, o goleiro foi arrojado e fechou o ângulo na finalização de Roque Santa Cruz para fazer uma grande defesa com os pés. No fim, a combinação entre o goleiro e Villa acabou sendo preponderante para o triunfo espanhol. A semifinal já não é mais um sonho antigo. Agora é a realidade de uma reedição da final da UEFA Euro 2008 contra os alemães.

Semi-Final:

Uruguaivs.Holanda

6 jul. 15:30

Alemanhavs.Espanha

7 jul. 15:30

Nenhum comentário:

Postar um comentário

:a   :b   :c   :d   :e   :f   :g   :h   :i   :j   :k   :l   :m   :n   :o   :p   :q   :r   :s   :t